terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Segunda-feira


O dia de ontem acordou triste... nublado.
Nublado como tem por vezes sido, toda a segunda
que antecede o final do que chamamos de Brasileirão
que deixou de ser maiúsculo há tempos
se já o foi.

Não pelos deuses, os gigantes que reinam em campo
que nos fazem sonhar, trazem alegrias...
Mas pelos pequenos demônios
que sujam o esporte real.
(Eu sei, eu sei meu amor!
Eu sei que eu não deveria me martirizar
nem em impressionar
nem tentar acreditar
que ia ser diferente.)
Mas a ignorância é o último resquício de irralidade que nos permite ser felizes...
Sem ver guerras,
mortes,
injustiças
...
calei-me, não quis saber mais do jogo
deitei-me ao lado de minha mulher... descansei.
Mas a segunda matou-me. Com a faca menos afiada e mais dolorosa...
Sabemos quem é o campeão.
Há semanas...
Há meses, talvez.
Mas lutamos contra o mar bravio, pois sem isso não conquistaríamos os nossos sonhos!
Ah... os sonhos... sonhos vãos...
De um mundo justo e melhor.
Onde o preto e branco e o azul e branco valham mais que uma simples rinha...
Onde o preto e branco e o azul e branco sejam cores tão campeãs quanto as três cores que me vestem.
Onde o preto e branco e o azul e branco sejam a pele de heróis

E onde nossos heróis sejam heróis pra sempre.