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sábado, 25 de outubro de 2014

Caso eu seja agredido por ser de esquerda

Briga entre apoiadores de Dilma e Aécio, em frente ao Theatro Municipal (Foto: Michel Filho/Agência O Globo)


Pelo visto - ao menos pelas pesquisas, nas quais pouco confio -, Dilma Roussef será reeleita presidenta do país. E, com sua reeleição, acho que alguma reflexões deverão ser encampadas, especialmente por aqueles preocupados com a real mudança, não a alardeada por Aécio e Marina, mas aquela que posiciona-se além do que o PT conquistou - e das concessões nefastas que fez para tanto. E acho que, do meio dessa campanha louca, saímos com ao menos um saldo imediato muito negativo: o aumento da criminalização paranoica do pensamento de esquerda.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Duas mentiras que o resultado do primeiro turno desmascarou



1 - A polarização

A candidata Marina Silva (PSB) e o candidato Aécio Neves (PSDB), durante o debate dos presidenciáveis promovido pelo Grupo Bandeirantes, em 26/08/2014
A candidata Marina Silva (PSB) e o candidato Aécio Neves (PSDB), durante o debate dos presidenciáveis promovido pelo Grupo Bandeirantes, em 26/08/2014 - Ivan Pacheco/VEJA.com
Não sei se por ingenuidade ou por uma aposta "equivocada", o fato é que o discurso contra polarização da candidata a presidência Marina Silva não colou. Aliás, diga-se de passagem, não colava desde que o finado Eduardo Campos insistia em ser a tal "terceira via", achando que política é budismo de madame. Não, não é, e por isso a suposta força desse discurso se esvaiu assim que o cadáver do Eduardo esfriou - apesar de TODOS os partidos terem mantido ele quente tempo o bastante pra ganharem votos. O resumo da ópera é que a tentativa que muitos setores, especialmente aqueles mais conservadores que insistiram no fim da dicotomia esquerda e direita, tem que engolir o fato inegável que o posicionamento ideológico é importantíssimo ainda na discussão política.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Eduardo Jorge para presidente!


O título pode assustar os incautos, que devem se perguntar “como assim? Aquele ‘maconheiro’ do PV?” Antes de julgamentos rasos e preconceituosos, eu peço encarecidamente que acompanhem minha longa reflexão, pois o papel exercido no debate dos presidenciáveis na Band pelo grande Eduardo Jorge não deve ser menosprezado numa eleição em que se impôs o debate não apenas de candidatos, mas do nosso próprio sistema político atual.

(Se quiser ver o debate na íntegra, os links tão no site da Band.)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Ascensão Conservadora

Achei interessante o debate chamado "Ascensão Conservadora", realizado na USP em 28 de agosto de 2012 pois, apesar de versar muito sobre a política da cidade de São Paulo, ele serve como um diagnóstico do atual espectro político brasileiro. Análises de três grandes nomes do pensamento intelectual mais à esquerda, André Singer, Marlena Chauí e Vladimir Safatle.
O momento político brasileiro, como expõe Safatle ao fim, é de uma baixa reflexão de esquerda e acho que o debate é necessário do ponto de vista de um caminho mais radical de pensamento e a busca por ideias mais progressistas.
Achei no Viomundo do Luiz Carlos Azenha.



E as questões:

sábado, 14 de janeiro de 2012

O pit bull de Kassab e Alckmin

Um animal é um ser irracional. Ele ataca por instinto.

Quando ameaçado, quando tem fome, quando quer defender seu território.

Um pit bull é um animal como outro qualquer.

Ataca por instinto.

O problema é que ele foi posto numa condição social pelo ser humano que o impele a ser uma máquina de matar.

Ele é uma excelente máquina de matar.

Por isso, ele foi colocado pelo ser humano numa posição marginal.

E, ao não saber lidar com a fúria incontida de um animal irracional, o ser humano sofre com sua própria criação.

Matar um pit bull para defender um indefeso não é errado.

É uma situação extrema, não há muito o que fazer.

O melhor seria se a sociedade aprendesse a lidar com a fera que criou.

Mas em geral, por não entender isso, as pessoas defendem que se extermine essa raça.

Adianta exterminar uma raça como pit bull?

É só o pit bull o responsável pela violência?

Um yorkshire pode morder mina perna, arrancar um pedaço.

O problema é que essa medida, paliativa, aplaca o desejo de vingança de uns, ao mesmo tempo que esconde o real culpado por tudo isso.

O ser humano.

Um viciado é como um ser irracional. Ele ataca por instinto.

Quando ameaçado, quando tem abstinência e precisa de mais drogas, quando quer defender seu território.

Um usuário de crack é como outro viciado qualquer.

Ataca por instinto.

O problema é que ele foi posto numa condição social pelo ser humano que o impele a ser um marginal.

Ele é um excelente tipo de marginal.

Isso porque ele foi colocado pela sociedade numa posição marginal.

E, ao não saber lidar com a fúria incontida de um viciado, o cidadão sofre com sua própria criação. Atacar, prender ou até matar um viciado para defender um indefeso não é errado.

É uma situação extrema, não há muito o que fazer.

O melhor seria se a sociedade aprendesse a lidar com o problema que criou.

Mas em geral, por não entender isso, as pessoas defendem que se extermine essa "raça".

Adianta exterminar uma raça como a dos cracômanos?

É só o viciado em crack o responsável pela violência?

Um playboy pode agredir você na rua, só por você ser gay.

O problema é que essa medida, paliativa, aplaca o desejo de vingança de uns, ao mesmo tempo que esconde o real culpado por tudo isso.

A própria sociedade.

A sociedade que criou os pit bulls criou a cracolândia.

A polícia está tão sem rumo quanto os próprios viciados.

Prender e bater nessa gente não faz diminuir o número nem acaba com o problema.

Mas ajuda a "limpar" a área.

Limpar...


Ele sabe que o paulistano que o elege, o paulistano que é fascista, preconceituoso e burro, quer isso: ele quer sair na rua e não ver o viciado, o mendigo, o marginal.

Não importa se ele está bem ou mal, se o problema está resolvido mesmo ou não.

Importa é que eu não seja exposto a gente feia, gente suja...

E ao iminente perigo de ser atacado pelos animais irracionais da cracolândia.

A política de higienização do estado de São Paulo lembra os momentos mais terríveis do nazismo hitlerista.

A cracolândia virou um campo de concentração, onde a polícia brinca de SS.

O prefeito e o governador são, respectivamente, Mussolini e Hitler do terceiro mundo.

É evidente que isso tem a ver com o fato de que teremos eleições esse ano.

O líder nas pesquisas é Celso Russomano, o eterno malufista.

Nada melhor pra conquistar o eleitorado paulistano que agir como Paulo Maluf, pondo a Rota pra bater em viciados.

Mas eu penso: em 20 anos de governo do PSDB, só agora a cracolândia é um problema?

Não adianta nem falar em responsabilidade de governos anteriores.

Nenhum, nenhum dos partidos que passaram pelo governo federal e pelo municipal fez nada pra resolver esse problema.

E do estadual nem dá pra falar nada, pq antes de PSDB tínhamos Fleury, Maluf...

O paulista tem saudades da ditadura.

Sente falta de bater em comunista, em marginal, em viciado.

O paulista queria ter se emancipado do Brasil.

Não demorará pra guerra contra as drogas virar a plataforma de campanha de Kassab e Alckimin.

A guerra contra as drogas que já foi perdida, diria o intelectual.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

GOLPE


Perdida a eleição, os neoliberais e o tucanato, apoiados pela corja mais suja da mídia, dos movimentos religiosos e dos coronéis buscam derrubar o partido do Presidente Lula do poder de qualquer jeito.

A mídia noticia, diariamente, a suposta fuzarca na Casa Civil, como se Dilma ainda fosse ministra.

Manifestações como a de ontem, em SP (a cidade que mais merece ser bombardeada nesse mundo, depois de Vaticano e Jerusalém), mostram a face mais conservadora de uma parcela da população que usa cordão de isolamento pra se relacionar com o povo e limpa as mãos quando cumprimenta nordestinos.

Cansados de serem ricos, cultos e brancos governados por pobres, analfabetos e nordestinos, eles tentam o golpe, e vociferam por uma liberdade e democracia que não tem nada de francesa.

(Quando a França, aos moldes do que querem esses fascínoras, expulsam estrangeiros pobres do seu país, exemplo de fraternité)

Enquanto suas filhas tem como única meta na vida dar pros meninos do Restart ou pro Fiuk, os nossos medíocres paulistanos brancos buscam voltar a serem o centro do universo. Não conseguem aceitar, como nunca conseguiram, os direitos dos pobres.

Quando vejo o crescimento de ABU(B)s nas universidades (na sua busca incessante pela fundação de um departamento do Dízimo Pentecostal em cada curso superior), da ANJ (também conhecida como a Associação dos DONOS de Jornais), dos amigos da Ana Maria Braga (também conhecidos como os homeopatófilos leitores do "Segredo") e da corja organizada de tucanato, penso que é muito fácil de entender como a Dilma cresce nessas eleições (apesar do Datafoda-se achar que não).

É nojo.

Assim como a mediocracia branca tem nojo de nordestinos pobres, agora os nordestinos pobres tem nojo dos enfarinhados (snif) branquelos da Tradição, Família e Propriedade.

Chorem agora! Nem o Luan Santana vai satisfazer as pererecas em chamas das viúvas da ditadura.